segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Bento XVI consola famílias das vítimas de tragédia em Santa Maria

A Secretaria de Estado do Vaticano divulgou na manhã desta segunda, 28, o telegrama enviado pelo Papa Bento XVI ao Arcebispo de Santa Maria, Dom Hélio Adelar Rubert, expressando seu pesar pela tragédia ocorrida na madrugada desse domingo em uma boate, que ocasionou a morte de 233 jovens e a internação de dezenas em estado grave.
Leia telegrama na íntegra:
Exmo Revmo Dom Hélio Adelar Rubert Arcebispo de Santa Maria
Consternado pela trágica morte de centenas de jovens em um incêndio em Santa Maria, o Sumo Pontíficie pede a Vossa Excelência que transmita às famílias das vítimas suas condolências e sua participação na dor de todos os enlutados. Ao mesmo tempo em que confia a Deus Pai de misericórdia os falecidos, o Santo padre pede ao céu o conforto e restabelecimento para os feridos, coragem e a consolação da esperança cristã para todos atingidos pela tragédia e envia, a quantos estão em sofrimento e ao mesmo procuram remediá-lo, uma propiciadora bênção apostólica.
Cardeal Tarcísio Bertone Secretário de Estado de Sua Santidade.
Fonte: Canção Nova

sábado, 26 de janeiro de 2013

Comentário do Evangelho – 3º Domingo do Tempo Comum – Ano C – Jesus em Nazaré


Lucas não foi apóstolo e não vivenciou o ministério público de Jesus, por isso, teve que estudar muito os documentos, pesquisar e consultar os apóstolos e, principalmente, os escritos de Marcos, único documento íntegro na sua originalidade, para que pudesse escrever as tradições de Jesus e o início da Igreja. Uma das fontes de Lucas, também, pode ter sido Maria, a Mãe de Jesus, cujas palavras que se encontram no seu Evangelho só podiam ter vindo dela mesma. Ter fé no evangelho é crer e aderir a Deus que entra na história da humanidade. Neste sentido, todos os cristãos são como “Teófilo” (nome que significa amigo de Deus), aquele a quem Lucas dedica seus escritos.

Após o Batismo, Jesus foi para o deserto, e ali foi tentado e venceu o mal. Agora Ele volta repleto da força do Espírito Santo, para a região da Galiléia, fazendo milagres e transformando a vida das pessoas, o que fez com que sua fama logo se espalhasse.
Jesus era israelita e, por isso, também frequentava as sinagogas aos sábados para rezar e ouvir as leituras e comentários da Lei e dos Profetas. Os que faziam as leituras eram membros da comunidade, pessoas intruídas ou visitantes que conheciam bem as Escrituras, e Jesus foi convidado, na Sinagoga de Nazaré, a proclamar a leitura. O fato de se levantar, pegar o livro, ler a Escritura e sentar-se para explicá-la, faz com que Ele seja visto como um Escriba e não como uma pessoa comum.
Somente Jesus poderia ler em primeira pessoa o texto de Isaías aplicando-o diretamente a Si, prenunciando Sua missão. Ele, objeto da profecia, está presente em Pessoa cheio do Espírito Santo, vindo anunciar aos humildes e pequeninos a salvação que liberta todos de tudo que os fazem sofrer, que os escravizam e que os afastam do Reino de Deus.
Ele é como o profeta anônimo que vem para consolar e dar vida ao povo, representado pelos pobres sem vida e sem acesso aos bens para sustentá-la, aos humildes, enfraquecidos e marginalizados pela ambição dos que governam.
O ‘ano da graça’ referido é o jubileu celebrado em Israel a cada 50 anos (o ano sabático). Aquele era o momento em que todos podiam recuperar os direitos que haviam sido perdidos: quem estava devendo recebia o perdão das suas dívidas; as terras que tinham sido entregues como hipoteca ou haviam sido roubadas eram devolvidas; e todo o povo recomeçava uma vida nova, porque a partilha dos bens voltava a ser o equilíbrio das relações sociais, e os marginalizados voltavam a fazer parte da sociedade. Portanto, é em Jesus que as profecias de Isaías se realizam, no ano da graça.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Horários de Missa

Mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações enfoca Redes Sociais

No dia em que a Igreja celebra S. Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas, a Sala de Imprensa da Santa Sé apresentou na manhã desta quinta-feira, 24 de janeiro, a Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, que será celebrado em 12 de maio.
“Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização” é o título da Mensagem, que publicamos a seguir: Amados irmãos e irmãs,
Encontrando-se próximo o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2013, desejo oferecer-vos algumas reflexões sobre uma realidade cada vez mais importante que diz respeito à maneira como as pessoas comunicam atualmente entre si; concretamente quero deter-me a considerar o desenvolvimento das redes sociais digitais que estão a contribuir para a aparição duma nova ágora, duma praça pública e aberta onde as pessoas partilham ideias, informações, opiniões e podem ainda ganhar vida novas relações e formas de comunidade.
Estes espaços, quando bem e equilibradamente valorizados, contribuem para favorecer formas de diálogo e debate que, se realizadas com respeito e cuidado pela privacidade, com responsabilidade e empenho pela verdade, podem reforçar os laços de unidade entre as pessoas e promover eficazmente a harmonia da família humana. A troca de informações pode transformar-se numa verdadeira comunicação, os contatos podem amadurecer em amizade, as conexões podem facilitar a comunhão. Se as redes sociais são chamadas a concretizar este grande potencial, as pessoas que nelas participam devem esforçar-se por serem autênticas, porque nestes espaços não se partilham apenas ideias e informações, mas em última instância a pessoa comunica-se a si mesma.
O desenvolvimento das redes sociais requer dedicação: as pessoas envolvem-se nelas para construir relações e encontrar amizade, buscar respostas para as suas questões, divertir-se, mas também para ser estimuladas intelectualmente e partilhar competências e conhecimentos. Assim as redes sociais tornam-se cada vez mais parte do próprio tecido da sociedade enquanto unem as pessoas na base destas necessidades fundamentais. Por isso, as redes sociais são alimentadas por aspirações radicadas no coração do homem.
A cultura das redes sociais e as mudanças nas formas e estilos da comunicação colocam sérios desafios àqueles que querem falar de verdades e valores. Muitas vezes, como acontece também com outros meios de comunicação social, o significado e a eficácia das diferentes formas de expressão parecem determinados mais pela sua popularidade do que pela sua importância intrínseca e validade. E frequentemente a popularidade está mais ligada com a celebridade ou com estratégias de persuasão do que com a lógica da argumentação. Às vezes, a voz discreta da razão pode ser abafada pelo rumor de excessivas informações, e não consegue atrair a atenção que, ao contrário, é dada a quantos se expressam de forma mais persuasiva. Por conseguinte os meios de comunicação social precisam do compromisso de todos aqueles que estão cientes do valor do diálogo, do debate fundamentado, da argumentação lógica; precisam de pessoas que procurem cultivar formas de discurso e expressão que façam apelo às aspirações mais nobres de quem está envolvido no processo de comunicação. Tal diálogo e debate podem florescer e crescer mesmo quando se conversa e toma a sério aqueles que têm ideias diferentes das nossas. «Constatada a diversidade cultural, é preciso fazer com que as pessoas não só aceitem a existência da cultura do outro, mas aspirem também a receber um enriquecimento da mesma e a dar-lhe aquilo que se possui de bem, de verdade e de beleza» (Discurso no Encontro com o mundo da cultura, Belém, Lisboa, 12 de Maio de 2010).
O desafio, que as redes sociais têm de enfrentar, é o de serem verdadeiramente abrangentes: então beneficiarão da plena participação dos fiéis que desejam partilhar a Mensagem de Jesus e os valores da dignidade humana que a sua doutrina promove. Na realidade, os fiéis dão-se conta cada vez mais de que, se a Boa Nova não for dada a conhecer também no ambiente digital, poderá ficar fora do alcance da experiência de muitos que consideram importante este espaço existencial. O ambiente digital não é um mundo paralelo ou puramente virtual, mas faz parte da realidade quotidiana de muitas pessoas, especialmente dos mais jovens. As redes sociais são o fruto da interação humana, mas, por sua vez, dão formas novas às dinâmicas da comunicação que cria relações: por isso uma solícita compreensão por este ambiente é o pré-requisito para uma presença significativa dentro do mesmo.
A capacidade de utilizar as novas linguagens requer-se não tanto para estar em sintonia com os tempos, como sobretudo para permitir que a riqueza infinita do Evangelho encontre formas de expressão que sejam capazes de alcançar a mente e o coração de todos. No ambiente digital, a palavra escrita aparece muitas vezes acompanhada por imagens e sons. Uma comunicação eficaz, como as parábolas de Jesus, necessita do envolvimento da imaginação e da sensibilidade afetiva daqueles que queremos convidar para um encontro com o mistério do amor de Deus. Aliás sabemos que a tradição cristã sempre foi rica de sinais e símbolos: penso, por exemplo, na cruz, nos ícones, nas imagens da Virgem Maria, no presépio, nos vitrais e nos quadros das igrejas. Uma parte consistente do património artístico da humanidade foi realizado por artistas e músicos que procuraram exprimir as verdades da fé.
A autenticidade dos fiéis, nas redes sociais, é posta em evidência pela partilha da fonte profunda da sua esperança e da sua alegria: a fé em Deus, rico de misericórdia e amor, revelado em Jesus Cristo. Tal partilha consiste não apenas na expressão de fé explícita, mas também no testemunho, isto é, no modo como se comunicam «escolhas, preferências, juízos que sejam profundamente coerentes com o Evangelho, mesmo quando não se fala explicitamente dele» (Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011). Um modo particularmente significativo de dar testemunho é a vontade de se doar a si mesmo aos outros através da disponibilidade para se deixar envolver, pacientemente e com respeito, nas suas questões e nas suas dúvidas, no caminho de busca da verdade e do sentido da existência humana. A aparição nas redes sociais do diálogo acerca da fé e do acreditar confirma a importância e a relevância da religião no debate público e social.
Para aqueles que acolheram de coração aberto o dom da fé, a resposta mais radical às questões do homem sobre o amor, a verdade e o sentido da vida – questões estas que não estão de modo algum ausentes das redes sociais – encontra-se na pessoa de Jesus Cristo. É natural que a pessoa que possui a fé deseje, com respeito e tacto, partilhá-la com aqueles que encontra no ambiente digital. Entretanto, se a nossa partilha do Evangelho é capaz de dar bons frutos, fá-lo em última análise pela força que a própria Palavra de Deus tem de tocar os corações, e não tanto por qualquer esforço nosso. A confiança no poder da ação de Deus deve ser sempre superior a toda e qualquer segurança que possamos colocar na utilização dos recursos humanos. Mesmo no ambiente digital, onde é fácil que se ergam vozes de tons demasiado acesos e conflituosos e onde, por vezes, há o risco de que o sensacionalismo prevaleça, somos chamados a um cuidadoso discernimento. A propósito, recordemo-nos de que Elias reconheceu a voz de Deus não no vento impetuoso e forte, nem no tremor de terra ou no fogo, mas no «murmúrio de uma brisa suave» (1 Rs 19, 11-12). Devemos confiar no facto de que os anseios fundamentais que a pessoa humana tem de amar e ser amada, de encontrar um significado e verdade que o próprio Deus colocou no coração do ser humano, permanecem também nos homens e mulheres do nosso tempo abertos, sempre e em todo o caso, para aquilo que o Beato Cardeal Newman chamava a «luz gentil» da fé.
As redes sociais, para além de instrumento de evangelização, podem ser um fator de desenvolvimento humano. Por exemplo, em alguns contextos geográficos e culturais onde os cristãos se sentem isolados, as redes sociais podem reforçar o sentido da sua unidade efetiva com a comunidade universal dos fiéis. As redes facilitam a partilha dos recursos espirituais e litúrgicos, tornando as pessoas capazes de rezar com um revigorado sentido de proximidade àqueles que professam a sua fé. O envolvimento autêntico e interativo com as questões e as dúvidas daqueles que estão longe da fé, deve-nos fazer sentir a necessidade de alimentar, através da oração e da reflexão, a nossa fé na presença de Deus e também a nossa caridade operante: «Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa ou um címbalo que retine» (1 Cor 13, 1).
No ambiente digital, existem redes sociais que oferecem ao homem atual oportunidades de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus. Mas estas redes podem também abrir as portas a outras dimensões da fé. Na realidade, muitas pessoas estão a descobrir – graças precisamente a um contato inicial feito on line – a importância do encontro direto, de experiências de comunidade ou mesmo de peregrinação, que são elementos sempre importantes no caminho da fé. Procurando tornar o Evangelho presente no ambiente digital, podemos convidar as pessoas a viverem encontros de oração ou celebrações litúrgicas em lugares concretos como igrejas ou capelas. Não deveria haver falta de coerência ou unidade entre a expressão da nossa fé e o nosso testemunho do Evangelho na realidade onde somos chamados a viver, seja ela física ou digital. Sempre e de qualquer modo que nos encontremos com os outros, somos chamados a dar a conhecer o amor de Deus até aos confins da terra.
Enquanto de coração vos abençoo a todos, peço ao Espírito de Deus que sempre vos acompanhe e ilumine para poderdes ser verdadeiramente arautos e testemunhas do Evangelho. «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura» (Mc 16, 15).
Vaticano, 24 de Janeiro – Festa de São Francisco de Sales – do ano 2013.
Fonte: CNBB

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Campanha da Fraternidade completará 50 anos em 2013


Este ano, a igreja do Brasil estará mais voltada para as temáticas relativas à juventude. No dia 13 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas, será lançada mais uma edição da Campanha da Fraternidade (CF), com o tema “Fraternidade e Juventude” e o lema “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8). Mas além da atenção voltada à juventude, em sua temática, outro motivo de celebração é que a campanha estará completando o seu cinquentenário de fundação.

A Campanha da Fraternidade, coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é realizada anualmente pela Igreja católica, sempre no período da Quaresma. A cada ano é escolhido um tema, que define sob qual perspectiva a solidariedade será despertada, em relação a questões que envolvem toda sociedade brasileira.
O secretário executivo da Campanha da Fraternidade, padre Luiz Carlos Dias, afirma que um dos papéis da CF é ser um “elo” entre a igreja, os fiéis e a sociedade. “A campanha da Fraternidade é a igreja a serviço da sociedade, é uma evangelização que ultrapassa as fronteiras da igreja e, dessa forma, a igreja cumpre, de fato a sua missão, que é evangelizar de uma forma bem ampla”, explica o padre.
A história da fundação da CF teve início quando três padres responsáveis pela Cáritas brasileira, em 1961, idealizaram uma campanha para arrecadar fundos para as atividades assistenciais e promocionais da instituição e torná-la autônoma financeiramente. A atividade foi chamada Campanha da Fraternidade e realizada pela primeira vez na quaresma de 1962, em Natal (RN), com adesão de outras três Dioceses e apoio financeiro dos Bispos norte-americanos.
No ano seguinte, 16 dioceses do Nordeste realizaram a campanha. A princípio não houve grande êxito financeiro, mas foi o embrião de um projeto anual dos Organismos Nacionais da CNBB e das Igrejas Particulares no Brasil, realizado à luz e na perspectiva das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral (Evangelizadora) da Igreja em nosso País.
“Esta Campanha, desde seu nascedouro na arquidiocese de Natal, mostrou que seria um importante instrumento para os fiéis viverem intensamente a quaresma, pois foi capaz de fazer convergir as orações e reflexões para gestos concretos de conversão e transformação da realidade, em vista do mistério pascal de Nosso Senhor Jesus Cristo”, elucida padre Luiz.
Este projeto foi lançado, em nível nacional, no dia 26 de dezembro de 1962, sob o impulso renovador do espírito do Concílio Vaticano II, o que foi fundamental para a concepção e estruturação da CF. Ao longo de quatro anos, durante as sessões do Concílio, onde houve diversos momentos de reunião, estudo, troca de experiências, nasceu e cresceu a CF.
Sobre a celebração aos 50 anos da CF, padre Luiz Carlos revela que este é um momento de “voltar às raízes do espírito que levou ao nascimento da CF”. Para o lançamento, ficou definida na manhã da quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013, uma visita ao município de Nísia Floresta (RN), localidade onde a Campanha teve início.
A programação seguirá ainda no dia 14, à tarde, quando haverá uma entrevista coletiva com a imprensa. No dia 15, será realizado um seminário sobre a temática da CF 2013 – “Fraternidade e Juventude”. Neste mesmo dia, às 17h, será realizada a solenidade oficial de lançamento, e, às 20h, será celebrada uma missa na Catedral Metropolitana de Natal (RN).
Fonte: CNBB

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Paróquia de São Sebastião Celebra Tríduo em honra ao Padroeiro

"Confira a Programação da Festa de São Sebastião 2013 da Paróquia do Cordeiro"

Abertura:
13/01 -------> Procissão da bandeira às 18h; Santa missa às 19h.
Tríduo:
17/01 -------> Terço e Oficio às 18h; Santa missa às 19h; Quermesse com atrações musicais às 20h. (Dudu do acordeom)
18/01 -------> Terço e Oficio às 18h; Santa missa às 19h; Quermesse com atrações musicais às 20h.(Laércio dos teclados)
19/01 -------> Terço e Oficio às 18h; Santa missa às 19h; Quermesse com atrações musicais às 20h.(Ministério Maranata)
20/01 -------> Procissão do Padroeiro às 17h; Missa solene às 19h; Quermesse apos a missa.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Concílio Vaticano II: uma razão e suas razoabilidades

1. Vaticano II: as mudanças de um Concílio pastoral
Sempre é muito delicado tratar sobre algum tema relacionado ao Concílio Vaticano II, pois vêm à tona aquelas passadas e polêmicas discussões que envolvem a tradição e a modernidade, bem como a separação rotulante (impregnada de preconceito e visões pejorativas) entre tradicionalistas conservadores e modernistas, esses dois grupos são verdadeiras castas eclesiais instituídas informalmente citados quase sempre com sentido depreciativo para agredir seus adeptos.
Certo é que houve uma grande mudança na Igreja a partir do século 20. Mas esse câmbio não se deu na doutrina, ainda que o Concílio tenha uma abordagem doutrinal, o que acontece é o surgimento de uma nova maneira de entender e transmitir essa doutrina. O concílio vem questionar os métodos de transmitir a fé recebida dos apóstolos, portanto não há quebra com a tradição. A melhor expressão a ser usada é a de Bento XVI: “novidade na continuidade”, o que sempre aconteceu na Igreja e nunca deve deixar de existir.
Não é que se vá adaptar a doutrina e o evangelho à realidade do mundo moderno, mas o que deve ser feito (e é a sugestão do Concílio) é trazer o mundo moderno e conectá-lo com as verdades sempre atuais e perenes do evangelho. O mundo moderno está demasiadamente abastecido das coisas materiais (bom!), mas o avanço espiritual ao longo desse tempo não acompanhou o avanço material, as forças catalisadoras olvidaram os valores evangélicos e hoje estão, estes, relegados ao segundo plano. O objetivo do Concílio é justamente este: trazer o mundo moderno à participação e ao encontro da revelação divina através de novos métodos, maneiras, jeitos de transmitir a verdade contida na Escritura Sagrada. É preciso trazer o homem moderno para participar da convivência com Deus, convidá-lo à intimidade, sem tirá-lo de seu “habitat” fazendo com que ele possa entender a realidade vigente à luz brilhante da revelação que Cristo fez de todo plano divino para a criação. Através dessa revelação, o homem que participa da realidade do mundo moderno pode ter a visão esclarecida, na qual o entendimento dessa realidade advém de sua fé, mesma e completa, da qual comunga toda a Igreja.
Por esse motivo é que o Concílio é definido como pastoral, e não como dogmático, porque não vem trazer novidades na doutrina, nem acrescentar novas verdades da fé, mas vem para esclarecê-las e arrumar um novo jeito de levar a mesma e única fé a todos que precisam, cumprindo, desse modo, o mandamento do Cristo: levar o evangelho a toda criatura.
João Barreto Campello / Acólito

Bote Fé 2013 agitará o Chevrolet Hall em prol da Semana Missionária e da Seca

No meio das prévias de Carnaval, a Arquidiocese de Olinda e Recife (AOR) vai promover a segunda edição do Bote Fé Recife, no próximo dia 27 de janeiro. A novidade deste ano é que o evento, que levou uma multidão para o Marco Zero em 2012, será realizado no Chevrolet Hall e terá um cunho solidário. Para entrar na casa de shows, os participantes terão de entregar 1Kg de alimento não perecível ou 1L de água mineral, além do ingresso que será cobrado. Já o valor das entradas será revertido para a campanha Tem Gente com Sede de Solidariedade e para a Semana Missionária.
O Bote Fé terá atrações locais e nacionais. O evento começará às 12h, com a celebração da missa. Em seguida, vários grupos e Djs se revezarão no palco até às 23h30. As principais atrações nacionais serão as bandas Rosa de Saron, Iahweh, Missionário Shalom e irmã Kelly Patrícia. Frei Damião e Padre João Carlos, além de bandas locais também se apresentarão. O Chevrolet Hall deve ficar lotado durante as mais de 11h do evento.
A segunda edição do Bote Fé Recife também terá uma homenagem ao Centenário de Luiz Gonzaga. No Forró Legal, estarão no palco Cristina Amaral, Liv Moraes (filha de Dominguinhos), Dudu do Acordeon e Benil. O momento será um alerta para as pessoas não deixarem de colaborar com a questão de seca, que atinge o Sertão e o Agreste de Pernambuco.
Semana Missionária Os dias que antecedem as Jornadas Mundiais da Juventude são marcados por atividades nas principais cidades do país sede. Os jovens peregrinos vindos de outros países envolvem-se em eventos organizados pelas dioceses anfitriãs, possibilitando encontro espiritual, missionário e cultural entre as diversas juventudes do mundo. Cerca cinco mil jovens estrangeiros virão para as paróquias da AOR no mês de julho de 2013 para vivenciarem a Semana Missionária, evento que antecederá a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio de Janeiro.
Bote Fé 2013 Quando: 27 de janeiro de 2013 (domingo) Onde: Chevrolet Hall Horário: 12h às 23h30 Atrações: Rosa de Saron, Iahweh, Missionário Shalom, irmã Kely Patrícia, Frei Damião Pe João Carlos, Sacrum Cor, Canta PE (Paulo Deérre, Vox Dei, Archangellus), Forró Legal (Dudu do Acordeon, Benil, Filha de Dominguinhos – Liv Moraes e Cristina Amaral) e Cristo Remix (Dj Angelus, Dj Roony e Xandão) Ingressos: R$ 40 e R$ 20 + 1kg de alimento não perecível ou 1L de água mineral Locais de venda: Cúria Metropolitana, Livraria Paulinas, Chuva de Graça e vendedores credenciados. Informações: 3052.5960 ou juventudeaor@gmail.com
Fonte: Comunicação Comissão para a Juventude AOR